sábado, 12 de fevereiro de 2011

Senhor densânimo, Senhor amor.

Por que tudo que soa triste é mais bonito?
O que há de belo na tristeza, enfim?
Nós nos saciamos dela, o que tem ela que nos vicia? O que tem ela que nos instiga? 
Mostre-me, tristeza, o que tens.
Mostre-me, desânimo, o tamanho do amor que sentes por mim pois nunca me deixas. Diga-me com as mais profundas palavras o que tenho eu de especial para você. Depois de me contar, desânimo, abandona-me. 
É demais este pedido? É demais querer ser feliz? É demais pedir para que me deixes viver por mais que eu não saiba como fazê-lo? Ouça-me e responda-me, Senhor Desânimo.
Diga-me, amor, tú que és destinado a criar os mais belos sentimentos, por qual motivo tanto me odeias? Me odeias a ponto de nunca adentrar em meu coração catastroficamente. Desculpe-me se for injusta a indagação, mas há tantas maneiras de se amar, a mais intrigante tú nunca deixastes eu sentir. Diga-me o porquê? O que tenho eu de tão ruim para ti? Senhor amor.
Diga-me, querido senhores, o que tenho eu de malígna?
Diga-me, saudosos senhores, o que tem a tristeza de bonita?
Diga-me, senhores o que há de ser vivido pela minha vida nesta vida? 
E respondam-me, amados senhores, o que tenho eu de devassa e de divina?

Respondam-me. 









Graziela de S. S.

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